Família

Meliaceae

Nome Comum

amargoseira, conteira, agrião

Origem

Ásia e Oceânia: Índia, Ceilão, Indonésia, Nova Guiné, norte da Austrália, as Ilhas Salomão, China e Japão. Cultivada como ornamental em quase todo o mundo e naturalizada no sul da Europa, África, Estados Unidos, México, América tropical e nas Ilhas Galápagos.

Tipo de Origem

alóctone

Autor

L.

Descrição

Árvore que pode alcançar 10 ou 15 m de altura, de folhas caducas, com tronco direito, de casca gretada, acinzentada, que nos ramos se torna verde. Folhas alternas, de grande tamanho (até 90 cm), bipinuladas, de forma mais ou menos triangular; folíolos glabros, ovados ou ovado-lanceolados, com a margem irregularmente serrada e longos pecíolos; medem de 2 a 5 cm e não devem ser confundidas com folhas completas. As flores são lilases, aromáticas e dispõem-se em grandes inflorescências axilares (panículas) longamente pedunculadas; têm um cálice herbáceo de pequeno tamanho com 5 lóbulos, 5 pétalas compridas e estreitas abertas em estrela; 10 estames que se unem formando um tubo violáceo longo e estreito que termina em 20 dentículos; no interior deste tubo encontram-se as anteras amarelas. Frutos globosos, drupáceos (assemelhando-se a uma drupa), no início verdes mas rapidamente se tornam amarelos, de 6 a 18 mm de diâmetro.

Tipo de Reprodução

hermafrodita

Forma de Vida

árvore

Ínicio de Floração

abril

Fim de Floração

maio

Perenidade

caducifólia

Inflorescência

panícula

Cor da Flor

cor de rosa

Tipo de Folha

composta

Inserção de Folha

alterna

Margem da Folha

serrada

Limbo da Folha

ovado

Tipo de Fruto

drupa

Consistência do Fruto

carnudo

Maturação do Fruto

novembro

Habitat

Espécie com poucas exigências ecológicas, surge na margem de rios, caminhos, valas e sebes, por vezes em locais ruderais.

Observações

O nome do género Melia, deriva do grego melis que significa freixo (pela semelhança das suas folhas com as desta árvore); azederach, deriva do persa ‘azarddarakht’. Considerada uma árvore sagrada na Pérsia, na Índia e Arquipélago Malaio não se desliga da sua relação com a religião, já que os seus frutos têm sido utilizados na Europa Meridional, para confeccionar rosários, surgindo assim o nome de árvore Santa que lhe é dado em Barcelona. É plantada frequentemente como árvore ornamental e de sombra, especialmente junto às estradas pelo Sul da Europa e naturalizada nos Balcãs e Creta. Árvore de rápido crescimento, multiplica-se por sementes, muito resistente à secura e ao frio.

Aplicações

Os frutos da amargoseira (Melia azederach), têm propriedades narcóticas e são venenosos se forem ingeridos em determinada quantidade; deles se obtinha um gás inflamável que se usou para a iluminação. O cozimento dos frutos tem propriedades insecticidas e segundo alguns autores é eficaz para uso externo no combate a determinados parasitas. A sua madeira utiliza-se com frequência, é homogénea e fácil de trabalhar, tendo-se empregado em marcenaria e no fabrico de vigas de construção.

1 Exemplares no Parque


Porte


Folha


Flor


Fruto


Tronco