Família

Cupressaceae

Nome Comum

tuia, tuia-gigante

Origem

Oeste da América do Norte.

Tipo de Origem

alóctone

Autor

D.Don

Descrição

A tuia é uma árvore com 30 a 60(70) m de altura, tronco com tendência a ramificar-se desde a base, ao ponto desses ramos se recurvarem e ficarem em posição vertical, constituindo assim troncos secundários, tomando a árvore a forma de um verdadeiro candelabro. Esses ramos podem enraizar quando em contacto com o solo. A casca do tronco é delgada, castanha avermelhada e algo sulcada. A copa é cónica, estreita nos primeiros tempos, tornando-se depois piriforme. Ramos com folhas muito achatadas, dispostas segundo planos mais ou menos horizontais. Folhas persistentes, escamiformes, pequenas, dispostas em 4 filas, opostas e cruzadas. Face superior do ramo verde-brilhante e inferior com placas esbranquiçadas. Folhagem aromática. Flores masculinas vermelhas, pouco vistosas, reunidas em cones de 1 a 3 mm, solitárias ou terminais, no ápice dos brotos. Cones femininos elipsóides, amarelos quando maduros, de cerca de 1 a 2 cm, com delgadas escamas imbricadas que se prolongam numa protuberância espinhosa. Os frutos são pinhas alongadas, direitas, de 12 a 18 cm de comprimento, constituídas por 8 a 12 escamas achatadas, ligeiramente bilabiais e mucronadas no ápice; cada escama contém 2 óvulos. Sementes ovais, alongadas, de 5 a 7 mm de comprimento, aladas.

Tipo de Reprodução

monóica

Forma de Vida

árvore

Ínicio de Floração

março

Fim de Floração

abril

Perenidade

perenifólia

Inflorescência

cone

Cor da Flor

amarelo

Tipo de Folha

simples

Inserção de Folha

imbricada

Margem da Folha

inteira

Limbo da Folha

escamiforme

Tipo de Fruto

pinha

Consistência do Fruto

seco

Maturação do Fruto

setembro

Habitat

Surge ao longo da costa do Pacífico, em zonas florestais.

Observações

A tuia-gigante procede do oeste dos Estados Unidos da América e foi introduzida em Portugal em meados do séc. passado. No seu país de origem atinge cerca de 60 m de altura, no entanto na Europa não ultrapassa os 40 m. Em Portugal o maior exemplar que se conhece situa-se no Parque da Pena, com 35 m de altura.

É uma das espécies florestais mais importantes do Oeste da América do Norte e a sua área geográfica abrange a zona litoral desde o Alasca até à Califórnia. No nosso país, encontra boas condições ecológicas, principalmente no centro e norte a nível montanhoso, como podem comprovar alguns exemplares em parques públicos como em Sintra, Buçaco, Lamego e no Bom Jesus de Braga.

Aplicações

Os ramos jovens das tuias, especialmente da Thuja occidentalis, utilizam-se em medicina como adstringentes e emenagogas (promove ou restabelece o fluxo menstrual), esta última propriedade deve-se ao conteúdo de tuiona (terpeno bicíclico). Também é utilizada como expectorante. A essência de tuia, para uso externo, serve para tirar verrugas.

Todas as tuias são consideradas plantas bastante venenosas (tanto os brotos como a madeira), devido à mencionada tuiona, que pode produzir eczemas na pele dos operários que trabalham com a sua madeira. A madeira é macia, duradoura, muito leve, aromática, amarelo-acastanhada, clara, fácil de trabalhar. Utiliza-se no Canadá e nos Estados Unidos para postes e travessas de carris.  

5 Exemplares no Parque


Porte


Folha


Flor


Fruto


Tronco