Família

Ericaceae

Nome Comum

torga, urze-branca, urze-arbórea, queiroga, urze-molar, betouro

Origem

Europa e África, mais concretamente na região Mediterrânica, Madeira, Canárias e África central e oriental.

Tipo de Origem

autóctone

Autor

L.

Descrição

Arbusto alto, perenifólio, excedendo frequentemente os 2 m de altura, normalmente muito ramificado a partir da base. Ramos mais jovens cobertos com pelos ramificados ou denticulados. Folhas simples, revolutas, de forma linear agrupadas em verticilos com 3-4 ereto-patentes, glabras ou por vezes pubescentes. Flores solitárias ou dispostas em pequenas umbelas agrupadas em grande número na extremidade dos ramos. As flores são hermafroditas, pediceladas. Corola simpétala branca, campanulada, de 2-4 mm de comprimento, constituída por 4 ou 5 lóbulos eretos. Cálice com sépalas ovadas, soldadas na base. Flores com 8 estames inclusos ou igualando a corola, e anteras com apêndices basais denticulados. O gineceu apresenta um estilete excerto e estigma branco. O fruto é uma cápsula obovoide ou globosa, com cerca de 2 mm, que se abre por 4 valvas. Sementes pequenas elipsoides.

Tipo de Reprodução

hermafrodita

Forma de Vida

arbusto

Ínicio de Floração

fevereiro

Fim de Floração

agosto

Perenidade

perenifólia

Inflorescência

umbela

Cor da Flor

branco

Tipo de Folha

simples

Inserção de Folha

verticilada

Margem da Folha

inteira

Limbo da Folha

linear

Tipo de Fruto

cápsula

Consistência do Fruto

seco

Maturação do Fruto

agosto

Habitat

Matagais e orlas florestais, de climas temperados ou mediterrânicos, preferencialmente em solos siliciosos, junto das linhas de água, desde o nível do mar até aos 2000 m.

Observações

É uma das espécies mais representada na Laurissilva da Madeira. Localmente a sua presença é de elevada importância na sustentação dos recursos hídricos da ilha devido ao seu papel na captura da água dos nevoeiros, fenómeno também conhecido como precipitação oculta.

Aplicações

Arbusto cada vez mais apreciado como planta ornamental. A sua madeira de grande densidade e dureza, especialmente a das toiças, foi durante muito tempo usada como fonte de combustível (carvão vegetal) e pelas mesmas razões é usada no fabrico de cachimbos de grande qualidade. As suas flores secas são utilizadas na medicina popular para fazer infusões, com propriedades anti-inflamatórias, diuréticas e sedativas.

62 Exemplares no Parque


Porte


Folha


Flor


Fruto


Tronco