Família

Lauraceae

Nome Comum

loureiro, louro, sempreverde, loureiro-comum, loureiro-dos-poetas, loureiro-vulgar

Origem

Ásia Menor e toda a Região Mediterrânica (Europa/África).

Tipo de Origem

autóctone

Autor

L.

Descrição

O loureiro é uma pequena árvore, que raramente ultrapassa os 10 m de altura, de copa densa e algo irregular. Tronco direito, de casca delgada, lisa, desprovida de nódulos, de cor verde-pardo ou cinzento. Ramos erectos, os mais jovens de cor verde e desprovidos de qualquer tipo de pêlos. Folhas simples, duras e coriáceas, em forma de ferro de lança (lanceolada), página superior verde-escura lustrosa e mais pálidas na página inferior, com a margem um pouco ondulada e ponta acuminada, em disposição alterna; medem de 6 a 12 cm de comprimento e 4 de largura, atravessadas por uma nervura central muito pronunciada. Expelem um aroma agradável quando trituradas. Flores unissexuadas, pequenas, branco-amarelo-esverdeadas, cheirosas, pedunculadas, dispostas em grupos de 4 a 6 flores, nas axilas foliares. Perianto com 4 sépalas petalóides. Flores masculinas com 8 a 12 estames, flores femininas com 1 carpelo e estilete curto. O fruto é carnudo, ovóide (baga), parecido com uma azeitona, no início de cor verde e negro-mate na maturação.

Tipo de Reprodução

dióica

Forma de Vida

árvore

Ínicio de Floração

fevereiro

Fim de Floração

maio

Perenidade

perenifólia

Inflorescência

glomérulo

Cor da Flor

amarelo

Tipo de Folha

simples

Inserção de Folha

alterna

Margem da Folha

ondulada

Limbo da Folha

lanceolado

Tipo de Fruto

baga

Consistência do Fruto

carnudo

Maturação do Fruto

setembro

Habitat

Matagais e bosques de clima ameno, sendo difícil determinar a sua área natural, por se ter difundido muito por cultura. Em Portugal é espontânea ou sub-espontânea nas matas, margens dos rios, não muito distantes do litoral, sendo cultivado em todo o país.

Observações

O loureiro estende-se por todos os países da Bacia do Mediterrâneo, sendo difícil determinar a sua área natural, por se ter difundido muito a sua cultura. Contudo, julga-se originário da Ásia Menor. Em Portugal é espontânea ou sub-espontânea nas matas, nas margens dos rios, no Centro e Sul do país; é cultivado em todo o país.

O nome do género Laurus, parece derivar do nome celta lawr ou blawr: verde, alusivo à sua folhagem sempreverde.

É essencialmente conhecido pelo seu uso na culinária como condimento, sendo conveniente não confundir as suas folhas com as do loureiro-cerejo (Prunus laurocerasus L.) que é uma planta venenosa. As folhas vigorosas, atravessadas por uma nervura central muito pronunciada, são inconfundíveis.

Na história antiga, esta árvore era conhecida por ‘Loureiro do Apolo’ porque Dafne, perseguida por este Deus, se transformou em loureiro. Era também um símbolo de vitória, dos triunfadores (imperadores, generais, poetas), que eram coroados com ‘folhas de louro’. Mais tarde, na idade média, este tipo de coroação estendeu-se aos artistas e aos sábios, bem como aos doutores, em que a coroa de louro era guarnecida pelos próprios frutos, dando origem à palavra bacharelato (Bacca-laureatus).

Aplicações

O loureiro é considerado uma planta estimulante (excita a actividade nervosa e vascular) e anti-séptico (destrói germes ou inibe o seu crescimento), sedativa (acalma e regulariza a actividade nervosa) e sudorífica (estimula a transpiração). A infusão de folhas facilita a digestão. A manteiga de loureiro, resultante do óleo extraído das bagas, é utilizada para aliviar dores articulares. A madeira do loureiro é dura, bastante pesada.

225 Exemplares no Parque


Porte


Folha


Flor


Fruto


Tronco