Família

Moraceae

Nome Comum

figueira, figueira-brava, bebereira

Origem

Ásia Ocidental e Europa (cultivada na Região Mediterrânica desde a antiguidade, onde provavelmente seria nativa).

Tipo de Origem

autóctone

Autor

L.

Descrição

A figueira é um arbusto ou pequena árvore que pode atingir 6 ou 8 m de altura; casca cinzenta e lisa que emana um líquido leitoso algo acre e irritante. Tem uma copa muito ampla em relação à sua altura, pois possui os ramos muito compridos e horizontais, incapazes, por vezes de suportar o seu peso. Os ramos são peludos, verdes ou verdes acastanhados, cobertas de cicatrizes das folhas quando caem. As folhas caem no Outono e são muito grandes, até 20 cm; são ásperas ao tacto, com pecíolos compridos, e limbo palmatilobado com 5(3-7) lóbulos, raramente não lobadas; são verdes escuras na página superior e mais pálidas, com pelos rígidos, na face inferior, em disposição alterna. As flores, tanto as masculinas como as femininas, são pequenas e estão encerradas num receptáculo carnudo e piriforme (em forma de pêra), que eleva um pequeno poro apical e se apoia sobre um pé curto e carnudo; as masculinas situam-se na parte apical e as femininas na parte basal. Os frutos são infrutescências piriformes (figos), 5-8 cm, verdes, castanhos até negros quando maduros; a polpa é comestível, de cor verde ou avermelhada, que contém os verdadeiros frutos, pequenos aquénios. Esta infrutescência é designada de sícone.

Tipo de Reprodução

monóica

Forma de Vida

árvore

Ínicio de Floração

março

Fim de Floração

junho

Perenidade

caducifólia

Inflorescência

sícone

Cor da Flor

verde

Tipo de Folha

simples

Inserção de Folha

alterna

Margem da Folha

inteira

Limbo da Folha

palmatilobado

Tipo de Fruto

aquénio

Consistência do Fruto

carnudo

Maturação do Fruto

agosto

Habitat

Ocorre em locais com clima seco, sobre rochedos, ruínas de construções humanas, falésias e em solos húmidos e profundos, entre os 0 e os 1700 m de altitude.

Observações

O nome do género Ficus é o nome antigo da figueira, e carica é alusivo a uma antiga região da Ásia Ocidental, Caria, onde esta árvore se cultivava em grande abundância. Existem mais de 40 variedades de figueiras em cultivo.

Em cada fase vegetativa, os figos silvestres desenvolvem 3 gerações de infrutescências. Duas delas, a primeira e a última do ano, permitem a multiplicação do insecto polinizador, Blastophaga psenes. Os figos comestíveis procedem exclusivamente das flores de Verão. Nos figos cultivados, a situação da flor assemelha-se em maior ou menor grau à da do figo silvestre. São muitas as espécies que produzem figos sem polinização. 

Aplicações

Os figos comem-se frescos e secos, são muito ricos em açucares e vitaminas (A, B e C); gozam de propriedades laxantes, emolientes e, sobretudo, expectorantes. Os figos são também utilizados cozidos para tratar doenças do trato respiratório. O leite da figueira contém enzimas proteolíticas que foram utilizadas para eliminar verrugas; também se usou antigamente para coalhar o leite e fazer queijo. O leite simples de figueira, quando posto em contacto com a pele pode causar problemas, sobretudo se exposto à luz. A madeira é de péssima qualidade, amarela e com medula abundante. Por fermentação dos figos, pode-se fabricar vinhos doces, aguardentes e vinagres.

4 Exemplares no Parque


Porte


Folha


Flor


Fruto


Tronco